Durante séculos, a febre amarela foi um grande desafio à medicina. A origem do vírus causador – um arbovírus do gênero Flavivirus – data de cerca de 3 mil anos, na África, continente que concentra 90% dos 200 mil casos anuais da doença – o restante localiza-se em regiões da América do Sul e Central. Com efeitos variáveis, a doença pode ser desde assintomática à grave – sendo que, em alguns casos, leva à morte em cerca de uma semana.
O surto da forma silvestre da febre amarela começou em dezembro de 2016 em Minas Gerais e, hoje, já atinge pelo menos 19 estados brasileiros. Segundo divulgado pelo Bio-Manguinhos, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, “a maior preocupação da comunidade médica está na eventual transformação do surto em epidemia e a evolução da forma silvestre para a urbana. As autoridades de saúde estão avaliando se, depois da atual política de contenção, a estratégia de vacinação contra a doença deve se estender a uma parcela maior da população”.