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Desafios da Política Nacional para a População em Situação de Rua: contradições na realidade de São Paulo, reflexões sobre o papel da mídia e a voz da Pop Rua

Por Ana Clara Vogt-Sampaio, Jonathas Magalhães Pereira da Silva e Vera Santana Luz Continue lendo Desafios da Política Nacional para a População em Situação de Rua: contradições na realidade de São Paulo, reflexões sobre o papel da mídia e a voz da Pop Rua

Velho Oeste informacional: disputa pela atenção pública tornou-se muito mais selvagem e caótica

Por Luis Felipe Miguel

Atire a primeira pedra quem nunca foi seduzido pela notícia de um barraco entre anônimos, uma baixaria de celebridades, um crime horripilante, um acidente bizarro, uma descoberta científica suspeita, uma façanha de algum animal fofo. No novo ambiente das redes, tudo isso aparece em pé de igualdade com a guerra da Ucrânia, a reforma da Constituição, o colapso climático. Continue lendo Velho Oeste informacional: disputa pela atenção pública tornou-se muito mais selvagem e caótica

Os humores do mercado como instrumento de governança neoliberal: autoritarismo econômico e hegemonia ideológica

Por David Deccache

Os governos que se submetem – por interesse, medo ou ignorância – ao terrorismo mitológico das elites econômicas estão colocando em risco não apenas a democracia, mas também o nosso próprio futuro como humanidade, algo totalmente incompatível e irresponsável com os desafios do nosso tempo. Continue lendo Os humores do mercado como instrumento de governança neoliberal: autoritarismo econômico e hegemonia ideológica

O sistema de comunicação brasileiro e os desafios regulatórios para o setor

Por Carlos Henrique Demarchi

As políticas de comunicação devem estar embasadas em modelos de equilíbrio entre os meios privados, estatais e públicos. O caso brasileiro denota a predominância do modelo comercial de comunicação, sem mecanismos de regulação. Continue lendo O sistema de comunicação brasileiro e os desafios regulatórios para o setor

Notícia falsa e inadequação das mídias em lidar com ela não são novidade, novidade é a saturação de fake news

Por Carlos Orsi

O início da Era da Pós-Verdade é fake news: o problema, para desespero dos populistas e dos marqueteiros, não é que as pessoas não se importam com a verdade, que a única forma de se comunicar com o público é por meio de apelos à emoção, à vaidade e ao preconceito, e sim que a verdade tem dificuldades em chamar a atenção num ambiente de mídia tão saturado quanto o contemporâneo. Continue lendo Notícia falsa e inadequação das mídias em lidar com ela não são novidade, novidade é a saturação de fake news

Os jogos tradicionais e a representação midiática indígena

Por Marina Gomes

O tratamento midiático de assuntos relacionados às temáticas indígenas toma vieses bastante questionáveis, especialmente quando se observam os veículos de maior circulação nacional. Se delimitarmos temas polêmicos como a construção da usina de Belo Monte, na bacia do Xingu, ou a recente tentativa de abrir – de maneira discutível – a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) para exploração de mineradoras, esses expedientes são facilmente identificáveis. Continue lendo Os jogos tradicionais e a representação midiática indígena

Febre amarela midiática: a doença como um produto jornalístico

Por Cláudia Malinverni

No verão de 2007-2008, o Brasil vivia uma epizootia de febre amarela silvestre, desde o início classificada pela autoridade de saúde pública e a maior parte da comunidade científica como dentro da normalidade epidemiológica. A imprensa de massa discordou e deu ao evento uma intensa e controversa cobertura, que mobilizou a imprensa nacional em todos os suportes (TV, rádio, jornais, revistas, internet). Nesse processo de produção da notícia, configurou a doença como uma realidade epidêmica urbana – ciclo, ressalte-se, não registrado no país desde 1942. Continue lendo Febre amarela midiática: a doença como um produto jornalístico

Os meios de comunicação e a democracia

Por Luis Felipe Miguel

Nos regimes que, em geral, aceitamos como “democráticos” o povo não governa. Sua influência nas decisões políticas é filtrada por mecanismos de intermediação, entre os quais a mídia. A falsificação escancarada e a omissão deliberada não resumem o repertório de formas de intervenção política da mídia. Ainda mais crucial é o poder de determinar a agenda que receberá atenção pública, os agentes e as posições relevantes. Há casos de manipulação ostensiva, mas o mais importante é o efeito sistemático da reduzida pluralidade do noticiário. Continue lendo Os meios de comunicação e a democracia

Um fantasma assombra o mundo. Mas… qual é mesmo sua identidade?

Por Reginaldo C. Moraes

O reino da pós-verdade não é uma consequência de qualquer “determinismo tecnológico” ou o fruto da “explosão da informação” que, supostamente, caracteriza nosso cotidiano, balcanizando e fragmentando a informação, disseminando a crença em tudo e, portanto, em nada. Aquilo que por vezes se tem chamado imprecisamente de “sombra do fascismo” é um filho legítimo do movimento de fim da história, isto é, da caricatura de democracia liberal e de mercado livre que os poderes fáticos do centro do mundo impuseram ao planeta como destino inelutável. É surpreendente que os personagens vocacionados para o sucesso hoje sejam encarnação da “anti-política”? Pode ser um empresário excêntrico e agressivo, pode ser um chefe cripto-hitleriano. A emergência desses tipos é uma descendência legítima da apologia da globalização. A mídia conservadora americana não via Trump como o candidato dos sonhos. Mas não podem rejeitar a paternidade. A imprensa liberal também o recusa, evidentemente. Mas não pode negar que ele é a versão cínica e truculenta daquilo que fazem, elegantemente, os falcões globalistas do Partido Democrata. Continue lendo Um fantasma assombra o mundo. Mas… qual é mesmo sua identidade?