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O pós-pandêmico é atual pandêmico: por imaginários desgovernados

Por Alcides Eduardo dos Reis Peron

Como pensar um futuro pós pandêmico quando a própria condição de pandemia é negada ou subestimada nas redes? Talvez o futuro seja um esgarçamento das tendências do presente. A perda perceptiva, o distanciamento e a desinformação por hiperinformação são marcas do contemporâneo em esgarçadamento. Grupos – ou enxames digitais – que oligopolizam mecanismos de “shitstorm” amplificam a crise e colonizam o futuro. Eles têm na velocidade uma estratégia determinante. A ação das tempestades de acusações, informações, escândalos, hashtags e desinformação ocorrem de forma sucessiva, rápida, impedindo reflexão e produção de respostas. A catatonia e a espetacularização passiva da política e do mundo é função direta da velocidade desse motor informacional. Tragados por um looping perpétuo de discussões inócuas, aceleradas pelas redes que negam a gravidade do presente pandêmico, o que resta é o esgarçamento da própria pandemia.  Continue lendo O pós-pandêmico é atual pandêmico: por imaginários desgovernados

Vaticínios punitivos: os algoritmos preditivos e os imaginários de ordem e cidadania

Por Alcides Eduardo dos Reis Peron

Algoritmos preditivos têm sido introduzidos em sistemas de vigilância e monitoramento não apenas para imbuir a ação policial ou militar de maior eficiência, mas como forma de repor perpetuamente mecanismos de submissão de parcelas da população. A discricionariedade e a arbitrariedade das ações policiais recebem um verniz técnico e racional de legitimidade. Continue lendo Vaticínios punitivos: os algoritmos preditivos e os imaginários de ordem e cidadania

Sanções econômicas: punição ou “humanitarização das intervenções”?

Por Alcides Eduardo dos Reis Peron

Agindo mais como um mecanismo punitivo sobre as sociedades do que um dispositivo de coação política, as sanções colocam a população civil em estado de vulnerabilidade e estimulam diversas partes a um potencial conflito. Continue lendo Sanções econômicas: punição ou “humanitarização das intervenções”?