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O
Poeta é um sonhador
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Ontem mais precisamente de madrugada tive um sonho como um fotograma vi um poema do começo ao meio e fim completar-se diante de meus olhos adormecidos e atentos instantâneos de simultaneidades era um poema acabado inteiro fantástico montagem de inversões conceituais inusitadas armando o belo paradoxo que o fechava tão inesperado quanto simples e correta a sua linguagem sonhei depois que me acordara do sonho do poema quase nada retinha na memória que sonhada fugia de esquecer-se estranha num cubículo mesmo assim tive a vaga impressão de que no texto corria a mobilidade dos corpos na terra o giro da terra no tempo o tempo fluindo estático no poema tudo pouco claro e sugerido muito mais mostrado do que dito não sei por que sinal ali implícito lembrou-me o nome Galileu para o seu título tinha entretanto perdido o achado
Carlos Vogt |
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Atualizado em 10/10/2000 |
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