Brasil não está fora do processo
No Brasil, o fenômeno atinge 180 mil quilômetros
quadrados de terras, a maior parte no Nordeste. O governo brasileiro
tem um plano de combate à desertificação que até o momento está
somente no papel. Há quatro projetos-piloto à espera de recursos,
em quatro áreas críticas, além de benefícios indiretos de projetos
para instalação de poços e dessalinização de águas.
Em alguns estados do Nordeste, o modelo de produção
baseado em intenso desmatamento, provocou mudanças climáticas que
evoluíram para um tipo de desertificação somente visto no continente
africano. De acordo com a ORSTOM - instituição francesa de pesquisa
-, embora haja uma situação de alto risco à economia daqueles estados,
a degradação ambiental não é irreversível, pois as áreas afetadas
necessariamente não se transformarão em áridos desertos de areia.
Mas existem grandes áreas dentro de cada estado que se não se tranformarem
em deserto, perderão ainda mais sua fertilidade e com isso sua capacidade
produtiva ficará seriamente ameaçada. São eles: Paraíba, 63%; Ceará,
52%; Rio Grande do Norte, 36% e Pernambuco, 25%. Também estão ameaçadas
pela desertificação diversas áreas do estado da Bahia, especialmente
aquelas localizadas no sertão e no semi-árido baianos.
É preciso saber manejar
e defender o solo...
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