Angra 2


Vista panorâmica das usinas Angra 1 e Angra 2 da Eletronuclear na praia de Itaorna em Angra dos Reis no Sul Fluminense.

Foto:
Bruno Buys .julho/2000.

 

Centro da cidade de Angra dos Reis. A atividade pesqueira predominou na região até o estaleiro Verolme e aPetrobrás iniciarem suas atividades na região. Hoje em dia a pesca está em declínio.

Foto: Bruno Buys
. julho/2000.

 

Segundo o o engenheiro Kleber Cosenza, superintendente de produção de Angra, o Rio de Janeiro ainda é dependente da importação de energia elétrica.

Foto: Bruno Buys. julho/2000.

 

 

 

 

Angra 2 começa a produzir em caráter experimental

A usina de Angra 2 entrou em funcionamento exatamente às 22h16 da noite de sexta-feira, 21 de julho de 2000, em fase de testes, gerando energia complementar ao abastecimento elétrico da região sudeste. A potência do gerador atingiu então 270 MW, cerca de 20% de sua capacidade total. Para o definitivo funcionamento comercial de energia, a Usina precisa passar por um minucioso acompanhamento de todos os seus parâmetros de operação (fase final de testes), que foram adiados por solicitação da Operadora Nacional do Sistema (ONS), de modo a manter a complementação elétrica das necessidades da região.

A região de Angra dos Reis, no sul fluminense foi escolhida para a instalação do complexo nuclear brasileiro por apresentar algumas facilidades. A principal é a proximidade dos grandes centros consumidores, pois assim a usina pode fornecer energia através de linhas relativamente curtas. Angra fica (em linha reta) a 220km de São Paulo, 130 km do Rio e 350 km de Belo Horizonte, que são grandes consumidores de energia elétrica. A proximidade do mar é outro aspecto fundamental, uma vez que a usina utiliza-se de uma grande quantidade de água, em circulação, para resfriar o vapor produzido para acionar a turbina e ligar o gerador elétrico. A sua localização facilita também a chegada e saída de embarcações com equipamentos de grande porte.

O atual estágio de testes de Angra 2 deve se estender até setembro. Durante esse tempo, a potência será gradativamente elevada, de 30% para 80% e depois para 100%. Em cada uma dessas fases, o teste consiste em verificar se a unidade responde de acordo com o que determina o projeto. Cumpridas todas as etapas, o equipamento fica oito dias operando a 100%. Ao fim deste período, se tudo correr bem, a usina é declarada apta a operar comercialmente.

Angra 1, cuja produção foi interrompida em 17 de julho voltou a funcionar em 4 de agosto. Segundo o Superintendente de Produção de Angra 2, Kleber Cosenza, o Rio de Janeiro, que é um grande produtor de energia primária na forma de petróleo, ainda é dependente de outros Estados na importação de energia elétrica. As usinas de Angra somam 1.966 MW à produção, representando aproximadamente 50% da potência total instalada no Estado. As outras fontes, a usina hidrelétrica do Funil e a de Santa Cruz, geram, respectivamente, 200MW e 600MW. A elas somam-se algumas outras pequenas usinas da Companhia de Luz do Estado do Rio de Janeiro, Light.

Angra 2, cuja tecnologia foi comprada da Siemens, alemã, impressiona pelas instalações...

   
           
     

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Atualizado em 10/08/2000

   
     

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